CALÉ DO FOGO

Equinócio da Primavera é o festival da Mãe do Fogo, a direção Leste, onde nasce o Sol, como diz a palavras Equinócio, o dia e a noite têm neste momento a mesma duração e que a partir deste momento os dias serão mais quentes e as noites mais curtas.

A Natureza se põem em ação para o renascimento da vida, as plantas começam lentamente a vestir os novos ramos, e o crescimento e a renovação ganham novamente vida.

Neste momento também honramos nossos Antepassados, que dependiam diretamente da generosidade da Mãe Terra, era uma alegre antecipação e invocação dos longos dias de sol, que permitiam tirar uma ou duas horas para um sono reparador.

Neste Equinócio honramos Calé do Fogo, a Mãe do Fogo, Trebaruna , Drusuna , Marciana, Artemis do Sul e a Senhora da Aveleira.

Calé do Fogo

Calé do fogo é a Senhora da Fertilidade e podemos sentir sua energia nos raios do Sol, que trazem vitalidade e um novo entusiasmo pela vida. Calé do Fogo empele -nos a sentirmos -nos mais presentes e vibrantes neste momento, as longas chuvas de primavera alimentam, fontes, rios, lagos, cachoeiras e trazem definitivamente o reverdecer a Terra.

Calé do Fogo também é a Senhora do fogo do interior da Terra, que aquece as águas termais, benéficas muitas apreciadas e revigorantes. Ela é a Senhora do Fogo dos nossos corações, Luz que inspira e ilumina o caminho que escolhemos percorrer.

A hora do plantar e se renovar, a inspiração e a vontade de crescer estão presente, o calor e a força interior nos fazem forte para recomeçar e criar um novo ciclo em nossas vidas.

Trebaruna

Senhora do Fogo e da Primavera, do mais íntimo feminino. Protetora do privado, das famílias e crianças, das amizades verdadeiras, do património pessoal e coletivo, do lar, dos pensamentos próprios.

Ela move-se bem nas sombras e nos recantos das casas e cidades, prudente e sagaz, como uma presença reconfortante e calma quando as nossas justas aspirações e trabalho esforçado encontram com problemas inesperados. Trebaruna é a Senhora mais próxima aos humanos, das nossas casas e das nossas vidas cotidianas.

Trebaruna pode ser guerreira dura e implacável com quem atenta contra a tribo ou clã, com quem revela segredos sem justificativa e atraiçoa confiança, com quem ataca ou desonra a amizade, a família querida.

Trebaruna reconhece o valor da discrição sem cair na desonestidade ou mentira, algo impensável para uma celta. Aliás, precisamente por isso despreza quem os rompe ou quebra uma promessa.

Drusuna

Deusa Lusitana da Sabedoria Druídica, cujo ensinamento, rezam as lendas, De Drusuna" é a Deusa Celta Lusitana e o seu nome traz a força do Carvalho , ela é a protetora dos bosques e traz-nos a energia da resistência. A resistência pode ser definida como aptidão para suportar algo ou para nos defender. Dentro de nós habitam diversas resistências criadas a dada altura pelo nosso plano mental, para suportar as contrariedades e para nos proteger. Por isso muitas vezes resistimos a dizer Não quando deviamos ser mais firmes. Resistimos a abraçar nossa real identidade com receio de não nos encaixarmos no que os outros esperam de nós. Resistimos à mudança...e isso só nós atrasa. É necessário sai da zona de conforto e libertar-nos das nossas resistências e sermos livres.

Marciana

Ela mantém o Fogo da Primavera, da Fertilidade, da Kundalini, da Coragem e do Entusiasmo e a Cobra Moura. Marciana relaciona-se com a energia das Salamandras e dos Dragões do Fogo. Como fase da lua, Ela é a Lua Crescente, que simboliza os novos rebentos, aquela que precisamente traz atividade e crescimento. Como tempo atmosférico, Ela é a luz do sol, que em março começa a ser cada dia mais intensa.

Marciana nos remete para Marte e para o primeiro fogo zodiacal, o Fogo do Carneiro ( Aries ), e as todas as formas do Fogo e da Luz. Com a sua poderosa energia sentimos -nos mais vivas e o seu vigor nos traz ousadia da adolescente fogosa em todo o seu potencial, ardor e profundo desejo de descobrir e explorar o mundo.

Artemisia do Sul

É a deusa da caça, da Lua, da castidade, do parto e dos animais selvagens. Considerada uma fantástica caçadora, Ártemisia era cultuada por aliviar as doenças femininas, proteger as crianças e os jovens.

As Árvores foram um dos primeiros símbolos de Artemisia, e a sua imagem foram encontradas em árvores, o que certamente mostra a ligação ao Culto Celta das Árvores e relação com as profecias através dos oráculos.

Ártemisia traz a bondade de curar e suavizar o sofrimento dos merecedores. Ela era a protetora dos jovens, dos pequenos animais e também das presas escondidas pela floresta, portanto, também foi considerada deusa dos rebanhos e da caçada, a maior caçadora entre os imortais.

Senhora da Aveleira

A Senhora da Aveleira nos traz a inspiração e a sabedoria, e estas qualidades nos é transmitida através do consumo dos seus frutos.

Sabedoria que dissipa as trevas da ignorância, trazendo -nos clareza mental, compreensão, entendimento e iluminação.

As Sacerdotisas faziam as suas danças cerimoniais em volta desta Árvore Sagrada entre os Celtas , e os seus galhos eram usados para encontrar a veias de águas subterrânea que fluíam sob o cruzamento das linhas de fogo da terra, as quais a aveleira é sensível.

Muitas das lendas célticas referem-se ao Salmão Sagrado e sua associação com avelãs. O salmão alojava-se sob a proteção da avelãzeira e comia as 9 castanhas da sabedoria poética - as cascas das avelãs comidas pelo salmão eram utilizadas para finalidades de magia, desta forma simbolizando a introvisão necessária para iluminar a criatividade e resolver conflitos. Varinhas de avelãzeira ("varinhas de condão") também eram usadas em processos divinatórios, indicando assim uma inesgotável fonte de inspiração para a poesia, divinação e meditação à sombra e proteção dessa árvore - uma conexão à habilidade de descobrir coisas belas e fazer bom uso das palavras.